Portugal
A grande tradição portuguesa do teatro de marionetas no século XX possuía um carácter essencialmente popular, transmitida oralmente ao longo de gerações. Não se pense, no entanto, que o teatro de marionetas em Portugal se resumia aos bonecreiros populares. Com eles coexistem os primeiros teatros de marionetas de carácter mais literário e erudito, de que o Teatro de Mestre Gil, o teatro da Branca Flor ou as Marionetas de São Lourenço são apenas alguns exemplos.
É no século XX que surgem os primeiros teatros de marionetas com carácter artístico e literário, como o de Augusto Santa Rita, Lília da Fonseca, Henrique Trindade e Henrique Delgado, e figuras da maior importância no percurso da marioneta em Portugal, como Francisco Esteves, actor profissional que dedicou sempre grande interesse ao teatro de marionetas.
Francisco Esteves dedicou-se profundamente à divulgação do teatro de marionetas “…funcionando, por aqui e por ali, como caixeiro-viajante, propagandista das marionetas”, nas suas próprias palavras; colaborou no Teatro Robertoscope, integrou um grupo de intelectuais que tentou formar um grupo de teatro de marionetas na SNBA, do qual fizeram parte, entre outros, Mário Cezariny, Almada, Artur Bual e Natália Correia. Promoveu, em 1969, enquanto director da Casa da Comédia, o I Concurso Nacional de Marionetas. Do seu trabalho e do seu entusiasmo, nasceram diversos grupos de teatro de marionetas, em escolas, centros e associações diversas.
Destaca-se ainda a figura de Maria Laura Azevedo, arquitecta e professora, que desenvolveu grande actividade na criação de teatros de marionetas, nomeadamente na Escola Francisco Arruda, onde desde logo contou com o apoio do então director, Calvet de Magalhães.
No Porto, em 1958, Maria Helena Alves Costa, juntamente com o arquitecto Mário Bonito, cria o Teatro Mais Pequeno do Mundo, projecto pioneiro na abordagem da marioneta como instrumento de pedagogia e terapia. Igualmente no Porto, já na década de 60, também a escritora Ilse Losa se dedicou ao teatro de Marionetas.
De referir ainda a actividade de Lena Perestrelo, bem como de sua irmã Maria Emília Perestrelo, como criadora de marionetas. Lena iniciou-se em 1956, quando formou o Teatro de Bonifrates, juntamente com seu marido, o arquitecto Vasco Costa. Do seu repertório faziam parte O Auto do Boticário e a Velha Furunfunvelha, de Luís de Oliveira Guimarães e Silva Bastos. O Auto de Agapito de Betty Corrêa. A Menina dos Cabelos d’Oiro e Rosa Linda e o Gigante da Montanha de Aida Oliveira Trigo. As suas marionetas de grande êxito, como o Dói-Dói, participaram ainda em programas infantis de televisão. Construiu igualmente fantoches para o Teatro de Mestre Gil.
O Teatro de Bonifrates apresentou espectáculos nas Caldas da Rainha, no Luso, na Nazaré, na Praia das Maçãs, na Costa da Caparica e em Lisboa. A equipa de manipuladores era totalmente formada por estudantes universitários, cujas obrigações académicas dificultaram a manutenção da companhia, agravando as habituais dificuldades financeiras com que todos os grupos se deparavam: o grupo teve uma brilhante mas curta vida de apenas seis meses.
Na história da marioneta portuguesa, há ainda lugar de destaque para a Companhia de S. Lourenço e o Diabo, fundada por Helena Vaz e seu marido José Alberto Gil, juntamente com o tenor Fernando Serafim.
Actualmente, o teatro de marionetas em Portugal encontra-se em plena actividade, fruto do trabalho e empenho de diversas companhias reconhecidas a nível nacional e internacional
Abanador I
- Autor:
- Helena Vaz
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- À vista
- Material de construção:
- Barro cozido (cabeça), tecido (corpo), plumas (cabeça)
- Dimensões:
- 80.0 x 48.0 x 15.0 (Altura x Largura x Profundidade)
- Nr de inventário:
- 195
Abanador II
- Autor:
- Helena Vaz
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- À vista
- Material de construção:
- Barro cozido (cabeça) e tecido (corpo)
- Dimensões:
- 80.0 x 48.0 x 15.0 (Altura x Largura x Profundidade)
- Nr de inventário:
- 196
Ajudante do Mágico (cabeça)
- Autor:
- Carlos Chagas Ramos
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- Luva
- Material de construção:
- Plástico, pasta de madeira, esferovite, linhas e búzios.
- Dimensões:
- 15.0 x 10.0 x 11.0 (Altura x Largura x Profundidade)
- Nr de inventário:
- MM1256
Almada Negreiros
- Autor:
- Ildeberto Gama
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- À vista
- Material de construção:
- Tecido, elástico, espuma, madeira, metal e cabedal
- Dimensões:
- 1.0 x 1.0 (Altura x Largura)
- Nr de inventário:
- MM1746
Almeirim I
- Autor:
- Manuel Rosado
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- Luva
- Material de construção:
- Madeira, tecido e plástico.
- Dimensões:
- 57.0 x 34.0 x 12.0 (Altura x Largura x Profundidade)
- Nr de inventário:
- MM1197
Almeirim II
- Autor:
- Manuel Rosado
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- Luva
- Material de construção:
- Madeira e tecido.
- Dimensões:
- 57.0 x 36.0 x 11.0 (Altura x Largura x Profundidade)
- Nr de inventário:
- MM1200
Almeirim III
- Autor:
- Manuel Rosado
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- Luva
- Material de construção:
- Madeira e tecido
- Nr de inventário:
- MM1203
Almeirim IV
- Autor:
- Manuel Rosado
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- Luva
- Material de construção:
- Madeira e tecido
- Dimensões:
- 57.0 x 35.0 x 9.0 (Altura x Largura x Profundidade)
- Nr de inventário:
- MM1204
Almeirim V
- Autor:
- Manuel Rosado
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- Luva
- Material de construção:
- Madeira e tecido
- Dimensões:
- 61.0 x 35.0 x 11.0 (Altura x Largura x Profundidade)
- Nr de inventário:
- MM1205
Álvaro Cunhal
- Autor:
- Maria Emília Perestrelo
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- Não manipulável
- Material de construção:
- Tecido, pêlo de animal e plástico.
- Dimensões:
- 62.0 x 45.0 x 10.0 (Altura x Largura x Profundidade)
- Nr de inventário:
- MM1339
Alves da Cunha – Teatro de Mestre Gil
- Autor:
- Júlio de SOUSA
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- Luva
- Material de construção:
- Madeira (cabeça e mãos) e tecido (corpo)
- Dimensões:
- 70.0 x 30.0 x 13.0 (Altura x Largura x Profundidade)
- Nr de inventário:
- 101
Ama de D. Quixote I
- Autor:
- Helena Vaz
- País:
- Portugal
- Técnica de manipulação:
- À vista
- Material de construção:
- Barro (cozido), tecido (flanela cinzenta, toucado com fitas)
- Dimensões:
- 120.0 x 35.0 x 22.0 (Altura x Largura x Profundidade)
- Nr de inventário:
- 52
- Autor:
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