Espetáculos

4 MÃOS ESPECTÁCULO PARA PIANO E DESENHO com FILIPE RAPOSO E ANTÓNIO JORGE GONÇALVES

4 MÃOS é um concerto para piano e caneta digital – um trabalho em curso entre o pianista Filipe Raposo e o desenhador António Jorge Gonçalves, que estreou no festival BIG BANG 2015 (CCB/Lisboa). Pesquisando um diálogo íntimo entre o desenho digital em tempo real e o piano, eles vêm construindo um tipo de gramática que engloba tempo, estrutura, textura, abstração, evocação, emoção. O objetivo é tornar essa relação clara para todos os públicos, dando a ver o diálogo entre os dois artistas num ambiente de improvisação e espontaneidade. Cada performance configura-se como um ato único de cumplicidade.

Os dois artistas já se apresentaram juntos, até à data, no Swedish Filme Institute (Estocolmo), Kampagnel/Big Bang Festival (Hamburgo), Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa)/Jardim de Verão, Teatro Viriato (Viseu), São Luiz Teatro Municipal (Lisboa), Cineteatro Louletano/Festival Som Riscado, Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa)/Noite das Ideias, Cineteatro de Estarreja, Fundação de Serralves (Porto)/Serralves em Festa, Museu de Foz Côa/ Festival Somos Douro, Fundação Manuel Viegas Guerreiro/Festival Literário Internacional de Querença, Cineteatro João d’Oliva Monteiro (Alcobaça), Cineteatro de Pombal, Cineteatro de Alcanena, Feira Internacional do Livro de Guadalajara (México).

 


FILIPE RAPOSO nasceu em Lisboa em 1979. É pianista, compositor e orquestrador. Iniciou os estudos pianísticos no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem o mestrado em Piano Jazz Performance pelo Royal College of Music (Stockholm) e foi bolseiro da Royal Music Academy of Stockholm. É licenciado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa. Para além da música colabora regularmente como compositor e intérprete em Cinema e Teatro. Tem colaborações em concerto e em disco com alguns dos principais nomes da música portuguesa: Sérgio Godinho, José Mário Branco, Fausto, Vitorino, Janita Salomé, Amélia Muge, Camané, Carminho, Maria João. Desde 2004 que colabora com a Cinemateca Portuguesa como pianista residente no acompanhamento de filmes mudos. A convite da Cinemateca Portuguesa compôs e gravou a banda sonora para as edições em DVD de dois filmes portugueses do Cinema Mudo; em 2017 foi lançado Lisboa, Crónica Anedótica de Leitão de Barros, tendo ganho uma Menção Honrosa no Festival Il Cinema Ritrovato em Bolonha; e em 2018 O Táxi n.º 9297 de Reinaldo Ferreira. Como pianista e em nome próprio, tem-se apresentado em vários festivais de Jazz europeus. Em nome próprio editou os discos: First Falls (2011) – Prémio artista revelação Fundação Amália –, A Hundred Silent Ways (2013), Inquiétude (2015), Rita Maria & Filipe Raposo / Live in Oslo (2018).

 


ANTÓNIO JORGE GONÇALVES nasceu em Lisboa. Licenciou-se em Design de Comunicação em Lisboa (Escola Superior de Belas-Artes) e fez mestrado em Cenografia de Teatro em Londres (Slade School of Fine Art), onde foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Leccionou Espaços Performativos no Mestrado em Artes Cénicas (FSCH, Lisboa). Autor de Novelas Gráficas publicadas e expostas em Portugal, Austrália, Bélgica, Brasil, França, Macau, Espanha, Coreia do Sul, e Reino Unido. Fez cenografia para teatro trabalhando com vários encenadores. Através do Desenho Digital em Tempo Real e da manipulação de objectos em Retroprojector de Transparências, tem protagonizado diversas acções performativas com músicos, actores e bailarinos entre os quais Amélia Bentes, Bernardo Sassetti, Camané, Ellen Fullman, Gino Robair, Gustavo Matamoros, Mário Laginha, Micro Audio Waves, Orquestra Divino Sospiro, Orquestra Metropolitana de Lisboa, e Sinfonieta de Lisboa, em Portugal, França, Alemanha, EUA e Japão. Criou o projecto Subway Life, desenhando pessoas sentadas no Metro. Faz semanalmente cartoon político para o Inimigo Público (jornal Público), tendo também publicado no Le Monde e no Courrier Internacional, e sido premiado no World Press Cartoon. Prémio Nacional de Ilustração 2014 com o livro Uma Escuridão Bonita (Ondjaki).