BRINCADEIRAS DE OUTROS TEMPOS | especial Dia dos Avós
Para uns uma recordação bem viva, para outros uma memória mais longínqua: seja como for, os Robertos ocupam lugar no imaginário colectivo português.
O teatro de Robertos era o mais popular teatro de fantoches em Portugal. O que estava por trás do sucesso? O riso que provocavam, claro, mas também o ritmo das histórias, a crueza da linguagem e até mesmo o facto de não serem bonecos dados a doçuras.
Nesta oficina de construção de marionetas, vamos recordar as histórias do teatro Dom Roberto, os bonecos que nos faziam rir e chorar de tanto rir. Histórias para descobrir em família
Dom Roberto é descendente da grande família europeia de Polichinelos mas, ao contrário dos seus parentes, D. Roberto não tem um tipo físico determinado, o que justifica a generalização do termo Robertos a todos os fantoches de luva em Portugal. Em Portugal chamam-se Robertos aos fantoches de luva e Roberto é também o protagonista da maioria das suas histórias.
De carácter essencialmente popular e frequentemente ignorada pela maioria dos historiadores e investigadores das artes teatrais, o repertório do teatro de robertos era composto por textos de tradição oral, de sabor popular, com direito a muito improviso.
Durante décadas, era comum encontrarem-se as coloridas barracas de fantoches nas ruas, praças, jardins e praias por todo o país, em espectáculos que atraíam multidões, mas esta forma teatral caiu em desuso e esteve quase esquecida no final do século XX. O Teatro de Robertos tem vindo a recuperar e actualmente há vários marionetistas a representá-lo em Portugal