MÉTODO NEGRO | Aproximação JAVIER MARTÍN
Uma performance que se inscreve no campo das artes do movimento. Em ‘Método Negro | Aproximação ’ Javier Martín viaja através de diferentes estados físicos e qualidades de movimento, interagindo com objectos e acções simbólicas, que se desdobram num espaço construído, passo a passo, diante do espectador. A performance gira em torno das ideias de presença e ausência, do indivíduo e da multidão, da passagem do tempo e em como superar as estruturas formais que atravessam o nosso sistema cultural, para moldar novas sensibilidades.
“Uma coreografia de encontro com ‘o outro’, num pulso com o real e o seu duplo. Um exercício que visa recusar a ausência: A outra metade que não pode ser vista, como o vazio para o qual o resplendor retorna.
Ao dançar, a presença da forma não se desdobra, porque o movimento ocorre pelo desaparecimento da forma… A ausência é recusada. Um devir imperceptível”
(J.M.)
CRIAÇÃO E PERFORMENCE Javier Martín :: ASSISTENTE DIRECÇÃO Sabela Mendoza :: CONCEPÇÃO, CENOGRAFIA e TEXTOS: Javier Martín
Javier Martín
(A Coruña, España) Coreógrafo, performer e pesquisador. O seu trabalho se centra em torno da investigação das artes do movimento e baseia-se no rigor da improvisação como principal método de criação e linguagem cénica. Desde o seu início profisional no 2005, estreou mais de trinta peças da sua criação como ‘método negro’, ‘la exforma’, ‘control’, ‘symptoma’ em colaboração com o músico russo ruso Oleg Karavaichuk, ‘oximórica’… na España, França, Russia, Portugal, México, Guatemala, Uruguay e Ucrânia. Teve a sua formação académica em ciências (química, especializado em mecânica quântica) e com um interesse especial em filosofia, o seu trabalho como criador é também um processo de investigação de cariz epistemológico. Em paralelo à criação de espetáculos, intervém na criação de contextos, desenvolvendo iniciativas como a ativação e coordenação de grupos de investigação, a celebração de conferencias performativas, seminários… e outras atividades em que colabora com profissionais de diversas disciplinas.
Nos últimos anos, foi artista residente em locais como L’animal a l’esquena, Girona; EIRA, Lisboa; Kannon Dance House, San Petersburgo; Centro de Danza Canal, Madrid; MUN, Museo Universidad de Navarra ou o Teatro Colón em A Coruña. Seus últimos projectos foram apresentados em Teatro Solís, Montevideo; UNAM, Museo del Chopo, México; Teatro Alexandrinsky, San Petersburgo; GogolFest, Kiev; CCCB, Barcelona; Theatro Circo, Braga; Centre Pompidou, Málaga; Museu Reina Sofía, Madrid; Universidad Sorbonne Nouvelle, París; entre outros teatros e centros de arte. Colaborou com artistas de diversas disciplinas, como o músico Oleg Karavaichuk no projecto symptoma, ou o fotógrafo e cineasta Tono Mejuto na peça de cine-danza Qviasma. Em 2017 o MUN publicou Javier Martín. Cuaderno de creación, primeiro catálogo monográfico sobre o seu trabalho artístico. Em 2018 estreou método negro, uma peça cênica entre a performance, a instalação, a dança, la ação e os processos de investigação.