QUASE GENTE Espectáculo de Matilde e Joana Manuel
Museu da Marioneta: Matilde, em conjunto com a actriz Joana Manuel, propõe uma instalação/performance construída entre o acervo que habita o museu, o Convento das Bernardas e o Bairro da Madragoa.
Pretende procurar nos limites da multi-linguagem das marionetas e das máscaras, das suas raízes geográficas, dos universos que carregam consigo, tão diversos, e os traços comuns e usar esses registos sonoros e visuais para criar um código único.
A partir desse código criaremos uma nova história que mergulhará no imaginário do Convento, da sua relação com a cidade e a população local, na aventura histórica deste espaço edificado após a restauração que se cruza com o terramoto de 1755 e com o fim das ordens religiosas, no percurso decadente do século XIX em que conheceu fins tão diversos como armazém, cinema ou teatro, e que culminou, já no século XX, com a ocupação pela população da Madragoa.
A proposta com tudo o que implica de exploratório pretende criar um objecto que tenha no Convento o tema central e como objectivo máximo alargar os laços afectivos entre o Museu e a população do Bairro da Madragoa.
Residência no Museu de 20 a 30 dias, com a actriz Joana Manuel, para a criação de uma instalação/performance construída entre o espólio que habita o Museu, o Convento das Bernardas e o Bairro da Madragoa.
MATILDE | o projecto “Matilde” pseudónimo de Rui Galveias (músico e artista plástico) esboça um encontro entre os materiais plásticos e sonoros que formaram o autor. Músico, artista plástico junta no espaço de “Matilde” a improvisação a partir da guitarra eléctrica e das suas variantes à manipulação de imagens em tempo real.
“Matilde” é comprometido, directo, procura os temas que nos marcam os dias e nos limitam o tempo.
A escolha do cinema e da video-arte como matéria base para o trabalho mais recente é um profundo desafio em que a experiência de “tocar um filme”, criando uma banda sonora e materiais visuais a partir das imagens e sons de cada obra, gera um objecto novo em cada concerto. Esse objecto multiplica-se em várias camadas visuais e sonoras acabando por se confundir o que destrói ou constrói o quê, as imagens ou os sons.
JOANA MANUEL nasceu em Oeiras em 1976, licenciou-se em canto na Escola Superior de Música de Lisboa, foi membro do Coro Gulbenkian durante oito anos, mas depois meteu-se nos teatros e nunca mais saiu.
No meio dessa mistura tem trabalhado como performer, co-criadora e/ou preparadora vocal, com Fernando Gomes, Ricardo Pais, Caroline Petrick, Sérgio Godinho, Olga Roriz, Giorgio Barberio Corsetti, Nuno M Cardoso, Nuno Carinhas, Fernanda Lapa, Victor Hugo Pontes, JP Simões, Alexandre Azinheira, Kevin Blechdom, Rui Galveias, Teatro Cão Solteiro e Teatro Praga, e como professora na Escola Superior de Música de Lisboa, na Academia INATEL e na Universidade de Évora.
Pelo meio metem-se também participações em televisão e cinema, dobragens, locuções e narrações, a banda Fungaguinhos (para a bicharada) e uma encenação de Dido e Eneias, de Henry Purcell, para o estúdio de ópera do Instituto Gregoriano de Lisboa.
Em 2016 teve a sorte de encontrar o Nuno Moura, que lhe quis editar dois textos na boa companhia da Douda Correria, e por aí andam portanto O Espelho Invertido e Outro Texto, com uma capa linda da Beatriz Bagulho.
Gosta de ler em voz alta.
E em voz baixa também.